GEOMETRIA DA VIDA

Na parede um belo quadro bem quadrado,

Quatro ângulos retos somados (360º)

E a (im)possível quadratura do círculo.

Três ângulos (triângulo) fechados (180º)

Valem meia circunferência graduada,

Mas, nem de longe, nem de muito longe,

Têm a arredondada suavidade

Do mais insignificante morro semicircular.

Um círculo perfeito, lisinho,

Único, sem ângulo nenhum,

Vale o dobro e não se enquadra também

Na quadratura circular tão procurada.

Então, o círculo rola na sua lisa redondês

E o quadrado quica como um dado jogado

No extremo quadradismo destes versos.

Graus e áreas não se confundem,

Nem se fundem,

Na geometria da vida toda,

Uns são bem intensos

E as outras bem delimitadas.