148°

Toda essa fantasia que invento

Não condiz com minha realidade

Estou escrevendo minha dor

Transformando meus passos em amor

Tentando enxergar o mundo e seu valor

Preocupado com as contas que tenho que pagar

Meu corpo precisa do movimento

Um dia corrido não me deixa parar

E ao dormir o sonho consome o meu ser

São momentos de morte que tenho

Passo viver outras vidas quando estou dormindo

Mas toda manhã volto a ser o mesmo ser

Precisando levantar para tentar sobreviver ao dia

Tendo que vender meu tempo ocioso

Para ter dinheiro para pagar o aluguel

Para pagar os livros que “coleciono”

Faz tempo que não sento para observar o mar

Noite passada sonhei que era um pré socrático

E só vivia a observar a natureza

Ao amanhecer voltei a ser eu.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 23/05/2023
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