A vingança das flores
Me livrei da modéstia e algumas vaidades,
Coleciono sarcasmos e algumas verdades,
Minhas barricadas já não me protegem de mim mesmo,
Porque criei meu próprio inferno,
Meus espelhos e meus dilemas,
São como flores que só duram uma primavera,
Me perturbam esses desafios confortáveis,
Que são como uma vingança afável,
Esse arquivo de quimeras e delírios inúteis,
São como morte sem verdugo,
E o silêncio com esse ódio cego,
Sempre acaba cobrando juros...