As ressurreições edjarianas.
Aquele menino morreu por diversas vezes, ressuscitou tantas outras, sua existência foi uma metamorfose, caminhou por trilhas e subiu montanhas, do alto compreendeu o tamanho do infinito.
Para o Edjar morrer foi a sua destinação, foram tantos edjares nenhum deles existe mais.
Todavia, nunca esqueceu da rua quatorze, foi lá que compreendeu o colorido da imaginação.
Nesta rua magnífica aprendeu hermeneuticizar o esplendor do destino, construiu o eterno sorriso inefável do vosso encanto.
Os anos passaram sempre sentado em um banco de uma universidade, estudando Filosofia, a procura do entendimento fenomenológico.
Todavia, preciso dizer Edjar não existe mais, entretanto, o último dos edjares está aqui, desejando renascer das últimas ressurreições, sou o vosso filho, tenho o seu sangue, reconstituido na sua genética.
O brilho do seu rosto, está preso na cognição do mundo linguístico do Edjar.
Aquela imagem reproduzida dentro do coração do Edjar é da rua quatorze.
Talvez seja o fato mais insignificante, porém, importante para as mortes dos edjares.
Os edjares não existem mais, como foi bom a destinação dos acontecimentos.
Hoje imagino apenas o brilho das estrelas colorizando a rua preferida por Edjar.
Que seja deste modo, o último dos seus sonhos.
Edjar Dias de Vasconcelos.