O IMPÉRIO DO MEIO
“De Mao Tsé-Tung a Xi Jinping”
Já há uns séculos que a China assim é conhecida
Na ideia de que todo o Mundo roda à sua volta,
Dos primórdios medievais até à Dinastia Ming…
E hoje, por demais, se sente assaz renascida
Numa crescente e próspera reviravolta
Desde qu´ a seu trono s´ alcandorou Xi Jinping.
De Mao Tsé-Tung, tomado o poder em Pequim
Após a destemida e ousada Grande Marcha,
O vencedor tornou-se o Grande Timoneiro…
Sem ter na sua mão a lanterna de Aladim
O grande Mao ousou como que em despacha
Fazer, de toda a China, o Império Primeiro.
Seu trampolim foi a «Revolução Cultural»
Bem o pensou – mas não se sabe se bem o fez?
Pois que do grande Mundo num ápice se isolou…
Projecto de Cultura seria, em si, dialogal
Mas a vida que se viu deu atraso ao povo chinês
Que, em todo tecido social, se desestruturou.
Xi Jinping, reaparecendo por entre o nevoeiro,
Ainda que por políticas demasiado controversas
Traçou a longo prazo novas rotas estruturais…
Se a virtude está no Meio ele é o novo Timoneiro
E, como é tradição, agirá sem grandes pressas
Até que atinja, em pleno, as suas metas finais!
A maior das Virtudes, para qualquer chinês,
É a sua excelsa e mais que pertinaz paciência
Daí que este Jinping sabe do jeito que precisa…
E, se até agora, tem tido sucesso no que fez (?),
Concluirá todo o Mundo, como por advertência:
“A este sagaz Jinping, olhai bem, ninguém pisa!”
Frassino Machado
In INSTÂNCIAS DE MIM