Quantos

Quantos

Quantos brincam.

Quantos riem.

Quantos choram, como ficam.

Quantos sonham e remam.

Seria 100% na mesma sintonia.

Apenas, ou é pra já, pela fé.

Rato roem, gato mia, cão late faminto.

Será, que apenas 10%, sonha sair do labirinto.

Quantos sonham vencer a tempestuosa ventania.

Quantas provas eu e meu povo sofrido teremos que passar.

Qual oceano, acorrentado, tronco pesado teremos que atravessar.

Você que brinca, ri, castiga, merece sonhar?

Ora, ora, 521 anos, qual a hora que tenho que marcar.

O tempo, o vento, a vontade que tento.

Senhor, se não sei, ensina me orar.

Vender picolé, vender sonho, ser rei.

Nada disso interessa.

Desculpe a pressa.

A cruz, dois mil anos está a bradar.

Que fui, que sou.

O fardo da cruz, do tronco, do gemido tive que carregar.

Não brinco, não minto.

Que o meu Espírito, testifico.

Assim no meu povo, teor maldito.

Em mim, no Brasil veio habitar.

Quantas, quanto, repito.

Preciso gritar.

Creio, suplico.

Invoco, no silencioso grito.

Suas asas, teu fardo e julgo, vem nos colocar.

Livres da insanidade.

Libertos da crueldade.

Uma gente, um povo perseguido.

Veja, no peito e no anseio a nossa fé.

Quanto agradecemos por estar de pé.

Não rejeite nossos clamores.

Um basta nos dissabores.

Pai, filho, Espírito santo.

Seja Brasil, povo, canto a canto.

Guiados por este tripé.

Em nome de Jesus, o dono da fé.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 02/01/2022
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