(IN)VERDADE
Estou só...
Tão só como a poeira que o vento sopra
Minha solidão é tanta
Que não vejo a hora de dormir!!!!
Pra esquecer de que tudo
Nesta hora me faz sumir no mundo
Entro no submundo das pálpebras
Fugas sem álgebras
Quase morto...
Tenho medo de que todos morram em mim
Ou de que eu morra em todos...
Não sei do tempo que terei para viver
Embora saiba que pra morrer todo segundo vale
Ninguém sabe de minhas dores
Nem tampouco de minhas flores
Ninguém sabe se quando olho pela janela
É em preto e branco
Ou quiçá numa outra aquarela...
Ninguém sabe de onde eu bebo
Se da lama ou de um açude
Se estou bola murcha
Ou brilhante como um diamante
Numa bolinha de gude...
Ninguém sabe o que sinto
Se meu amor criou raízes
Ou se na videira
Como uva podre
Fora extinto
A única verdade que existe
É que a verdade nunca existiu...