Poesia Brasil, Terra nua

Poesia Brasil, Terra nua

Veja senhor o meu coração.

Clamo, sou Brasil.

Estou nu, não quero vestir a roupa da escravidão.

Olha minhas crianças sedentas.

Olha as mulheres, objeto qualquer.

Vejam os homens, cansados, essa gente.

Meus animais, ás águas, a floresta, o ar.

Sei que és o trigo, a luz, a água da vida.

Veja.

Tens colocado diante de nossa Terra.

Portanto, querem colocar alma de mendigo nesse povo.

Humilhando, tirando a dignidade.

Nós desprezados e perseguidos.

Acreditamos no novo, renovo.

Essa legião de gananciosos.

Mundo capitalista.

Estuprando, violentando os ossos.

Uma grande manobra.

Levam todo ouro, diamante.

Deixam o lixo para os filhos da Terra.

Faz tua justiça oh pai.

Examina essa minha mão que escreve.

Esta minha mente que tece.

Esse meu coração que perece.

Toda essa seara minha, que a tu Senhor rende se.

Sou Brasil, que acredito na tua palavra.

Diz que se nos inclinasse a ti.

Se clamássemos, sararia a Terra.

Veja nos, olhe para nós.

Veja esse nosso coração está o teu coração.

Sinceramente, o poeta não tem medo de ficar na Terra.

O poeta não se envergonha de emprestar a costela.

Pois se negarem, se o povo recuar.

A poesia vai continuar a rimar.

Brasil, quer vida.

Água, terra, ar, a criação de Cristo.

Suplantando a verdade.

Vencendo o engano de mais de ano milenar.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 09/11/2021
Código do texto: T7382284
Classificação de conteúdo: seguro