AVULSO 06

“O CALENDÁRIO”

Olhei de soslaio pro meu Calendário,

Não sei se do direito ou s´ ao contrário,

Vendo que era dia treze, e também sexta,

Logo pensei, cá para mim, e esta?

Meio mundo diz tanto mal desta data…

Mas outro meio atira-a para a sucata!

Quem terá razão, quem é que terá?

Afinal, há sempre, ontem, hoje e amanhã…

Uns dizem que esta “data” dá azar…

E, outros, que dá sorte: é d´ aproveitar!

Mas o meu Calendário não pestaneja

Pois, andar para diante, é qu´ ele deseja.

Nas grandes Cidades, há vidas de bem-bom

Mesmo que não saibam com quê, e nem com…

Nas aldeias, porém, não s´ anda para trás

Embora pareça que, mal ou bem, tanto faz!

Deixem andar o pobre do Calendário

Atentem, antes, no que s´ passa ao diário:

O Mundo, mal ou bem, anda como a lesma,

Parece melhorar, mas continua na mesma…

E os males da gente? Temos qu´ aguentar,

Ai temos, temos, não dá para brincar…

Os “males” do Calendário, se é qu´ os há,

Estão na cabeçorra de quem é gente Má!

Se olharmos bem o Mundo, tal como ele é,

Os Grandes vivem Bem: Mal, vive o Zé!

E se, tudo isto, ninguém o transformar

Aqui está a Sorte, aqui está o Azar!

Concluindo, ser Sexta, ou ser Treze, o dia,

Não é questão de Calendário ou Magia:

Há que viver a Vida, em Liberdade,

E, desta forma, sim, é que é VERDADE!

Frassino Machado

In INSTÂNCIAS DE MIM

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 14/08/2021
Reeditado em 14/08/2021
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