IDOSO TEIMOSO

IDOSO TEIMOSO

E o tempo escorre pela vida do idoso...

Teimoso ele recalcitra em aceitar suas

Vicissitudes no falso olhar pregresso

Da sua vida em regresso! Teimosia

Na sincronia do hoje com o ontem!

Na face de outrem ele se espelha na

Reles comparação de um velho jovem!

Suas lembranças o remetem às saudades

Das suas vitalidades idas que escolhem

Entre o lúdico e o sinistro mortal!

Jovial ele quer se mostrar até que sua

Visão espelhar a realidade o assuste!

Tênue linha entre a vida e a morte

Mostre-lhe a melhor sorte!

Mas ele teima em não ver a realidade!

Sua vida hoje é uma utopia

É de sua autoria o desejado destino

E teima em não aceitar, que não

Pode isto, nem aquilo! Teimoso...

Passa-se por um velho dengoso!

De utópica sensualidade engana-se

Com a mocidade que lhe dá guaridas

De atenção e acolhimento! No sorriso

Maroto da garota com olhar malicioso

Cai o idoso no canto da sereia ardiloso!

Com disfarces o “teimoso” elabora seus planos

Pintando cabelos, unhas, exibindo-se nos

Salões bailantes, e ao som dos boleros

Em galanteios às damas que as leva ao

Dois pra lá e dois pra cá ao som da orquestra!

Chapéu panamá à cabeça, sapatos brancos,

Camisa de listras e calça vincada, ele exibe-se

Feito um pavão colorido e oferecido...

Sorve com copo à mão, sua predileta “cuba libre”!

E qual borboleta saracoteia ao redor das mesas!

Escolhendo suas princesas para a honra de sua dança

Rodopia garboso e com as damas não se cansa!

Sua santa teimosia o leva com suas amadas à empatia!

Ele vive sua jovialidade com extrema alegria!

Jose Alfredo

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 20/07/2021
Código do texto: T7303872
Classificação de conteúdo: seguro