MARCAS
MARCAS DO TEMPO
Qual animal marcado a ferro e fogo,
As marcas do tempo deixaram-me
Profundos sinais na pele da vida!
Quantas vezes nas esquinas sem saídas
Emboscado por algozes inimigos...
Atrozes bandidos da existência do bem,
Eis que as marcas do mal foram além,
E, também do tempo acumulado como
Gado confinado e destinado ao abate!
Marcas de um tempo de embates
Contra adversários da existência,
Que, em essência foram combates
Em guerras da paz contra a violência...
Da mentira contra a verdade...
Do amor contra o ódio!
Marcas de ópio a contaminar a mente...
Condutas dementes e inconsequentes
De indolentes mantras ficcionais!
A invadirem em escuridão prisional
Temporal, que, se abate sobre o tempo...
Ampulheta, que, não escorre sua areia!
Ateia fogo na felicidade benfazeja...
Enseja maldades levando suas marcas
À flor da pele calcinando o amor!
Tempo de torpor no limite de dor!
Ao se contrapor ao tempo pleno...
Alegria ainda que, em rugas de amor!
Tempo marcado pelos caminhos
Sem direção... Sem rumo nem prumo...
Marcas, que se vão... Esperanças em vão!
Jose Alfredo