UMA SÁTIRA

CENÁRIO DANTESCO DE UM ROTEIRO

A banda passa e a corja a segue num

Autêntico desfile de escola de samba!

O puxador canta o refrão de bamba!

No topo dos carros alegóricos lá estão

O chefe da máfia, o negro togado, e um

Papagaio falante ao microfone anuncia

A folia de reis de um trono mafioso, mas,

De um saboroso jantar com caros wisques

Envelhecidos pelo tempo do poder

Encastelado de um dominado Estado!

Na janela, feito moçoilas fofoqueiras,

Batem panelas como carpideiras de

Plantão e puxa saco dos “corruptos!

No meio do asfalto uma dupla como de

“Mestre sala e porta bandeira” dançam

Asneiras enganando o povão, que delira

Nas arquibancadas vendo a banda passar!

No centro desse picadeiro, um palhaço,

Tipo “faz-me rir”, dança numa corda bamba

Feito equilibrista de sua caderneta de fim de mês!

Enquanto isso, um esbelto donzelo de morena tez,

Bronzeia-se nas praias de Ipanema, nos

Suíços bancos, na perfumada Paris, nos burburinhos

Londrinos, sorvendo pizzas na Piazza Navona,

Da Roma dos Papas... Voando em classe especial

Com despesas pagas como o meu dinheiro e o seu também!

E o povão, vai à praia fastear-se de frango assado com farofa

Tomar cerveja em copo plástico, e colecionar aquele

Lixão deixado como troféu de sua ignomínia aversiva

À proteção do meio ambiente... “Sono tutte brave persone”!

Enquanto isso, neste “balança mas não cai”, o candidato

Todo falante e sorridente, distribui tapinhas nas costas

Daqueles, que o irão eleger nas próximas eleições!

Após as vinte da noite, a fábrica de fazer filhos entra em

Ação; Nas preliminares, as “novelescas grotescas” na

Presença “global” cujo mote e enredo está no imoral!

Abrem-se as cortinas e a “malhação noticiosa” descortina-se!

Chega o fim de mês! Tem a caderneta, o Cartão de crédito,

Aluguel, conta de água, de telefone, da escola, dos alimentos,

Do vestuário, remédios, viagens, gasolina, carnês, aluguel...

Lá se vai o anel... E depois os dedos... O operário meteu

Amão na cumbuca!... Tudo não passou de uma “ARAPUCA”

Bancada pela orquestração de uma grande escola de samba,

Onde os “malandros” fazem suas moradas em Brasília!

Fecham-se as cortinas do palco. Camufa-se a camarilha!

Jose Alfredo

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 15/06/2021
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