CORDEL
CORDEL
É dependurado, que balança no cordel
Épicas porfias nas conquistas dos
Sentimentos versados de troféus nas
Trilhas do sertão nordestino como destino,
Que seca as gotas de suor e de lutas...
Impolutas vitórias com sabor de desafios!
Abrasado pelos ventos do infortúnio,
Versos controversos prendem-se aos
Varais da vida no Nordeste épico...
Sustentam-se pela fé e determinação
De um coração arretado e destemido!
Sufocado gemido de coragem
Faz de sua vida uma linhagem heroica!
Cordéis flamulando como bandeiras
Infladas pela esperança nos mastros
Içados pelo destemor esperançoso!
Ao sabor da brisa carinhosa aos beijos
E carícias de seus versos esbeltos e
Rimas aguçadas cantando aos quatro
Ventos, clamando aos momentos
De altiva fé e esperança de um povo
Guerreiro e cabra macho lutando na
Sua trincheira os embates de seus combates!
“Literatura de cordel” expressão autêntica
Na hermenêutica de seu versar e ao amor
Amar... Com a esperança esperar... Na paciência
Enfrentar... Com a coragem lutar! Essência do “cordel”!
Jose Alfredo