GARIMPOS DE AMOR
Garimpos de amor
Pepitas douradas afloram da bateia do poeta.
No garimpo do amor brilha como ouro de Ofir
A joia de muitos quilates do ofício exegeta!
É o amor, que vem à tona para num beijo luzir
E no prazer conferir a riqueza romanesca, que
Entre cascalhos resplandece e se oferece
Radiante no ceio de uma rica mina arabesca!
Pepitas ávidas por beijos e abraços em laços!
O poeta é um garimpeiro caçador de pedras
Preciosas! Cada verso é seu diamante ante
A volúpia de amar... A esmeralda caçar!
Na poesia está o seu ofício: Versejar!
Lança seus desejos e com maestria a
Empatia é sua estratégia de minerador...
No torpor ele fareja na bandeja o ouro
Tesouro reluzente de nobre depurador!
Garimpeiro de muitas minas, o poeta
É também exímio farejador que busca
No seio da rocha o amor que desabrocha
O ouro de grande quilate que ofusca!
A bateia do poeta balança como o seu coração
Peneirando pepitas e pedras brutas, que se
Misturam na volúpia romântica de uma paixão!
Ouro, diamantes, prata, esmeraldas, ricas pepitas
Incrustadas em estrofes, versos, e textos diversos
Afloram na garimpagem poética que crepita!
Jose Alfredo – Um garimpeiro do amor!