dores do que passou


os amores porosos do poeta
não deixa marcas, não permite a digital
muitas vezes excluídos do sonho final
o poema a prosa o argumento
manifestam-se de forma rude...
meiga é a musa
transplantando mudas
terra de raízes profundas
tronco de imensa sedução
mas não se abraça
apenas se toca à mão
acima da copa frondosa
o céu azul dourado é o sol
essa é a visão
do poeta marginal
acompanhando a corrente
deixando-se levar pelas cheias
avançando pelos charcos
alimentando lama
conhecimento
sensibilidade
ansiedade de ser-te mais
mesmo que doa
como dói a visão dos ancestrais

 
Emmanuel Almeida
Enviado por Emmanuel Almeida em 10/05/2021
Código do texto: T7252454
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