SERTANEJO
O SERTANEJO NO CHÔRO DA VIOLA
Chora viola impoluta, e, sertaneja!
Suas cordas emitem o sentido lamento
Do sertanejo embrenhado na mata
Verdejante de sua vida pungente!
Onde estiver o sertanejo lhe faz companhia
Sua chorosa viola, e, seus hinos de saudades,
E, clamores pela sua roça destemida!
É a sua vida pelos acordes remida!
Ao fim do dia, quando se põe o sol
No ocaso de suas tarefas prostra-se o
Sertanejo em oblações elevando suas
Orações como cânticos em louvor!
Homem sentimental, o sertanejo
Reza pela chuva, pelo sol, e, pela
Riqueza de seu plantio no aconchego
De sua humilde choupana !
Viola dedilhada com amor em acordes,
Que louvam ao Senhor da natureza
Pelas bênçãos de sua lavoura...
Na fé, que espera na sua pureza!
De pés descalços, enxada ao ombro...
Pica fumo nas mãos grossas, e, calejadas,
Chapéu de palha surrado, e, gasto...
Assim vai o “sertanejo” pelas invernadas!
Nas modinhas de sua viola, desenrolam-se
Suas estórias sobre sombras frondosas...
Relva molhada na presença dos sabiás
Que, o saúdam em canções bondosas!
“SERTANEJO” homem forte, e, determinado
Faz de sua humildade na ferrenha vontade,
O sucesso de sua empreitada em desvelada
Missão de cultivar sua preciosa terra!
Jose Alfredo