MARCAS
MARCAS DO QUE SE VÃO
Efêmeras cicatrizes do mal são matrizes
Da vida nos deslizes... São marcas, que, se vão
Jogadas ao chão, pisoteadas pelo coração
Amassadas, e, trituradas pelo sofrer,
Fazem rever onde ficou o erro! Do desterro...
Que se vai, e, se esquece... Sem memória!
Marcas de uma escória. Ponteiam a história...
São notórias as marcas do que se vão, sem eira
Nem beira... Sem destino plausível! Inexorável!
Marcas sem a glória da grife... Do amor vazio...
Felicidade efêmera, que passa, e, se vai!
Contrai, e espreme o suco azedo de um limão!
Esvai entre os dedos da mão... Marcas do que se vão!
Marcas, que, não ficam... Que, não aderem...
Marcas d’água laváveis, e, instáveis... Insensíveis!
Perecíveis!...Pelo tempo, consumidas... Exauridas!
Repelidas, e apagadas pela consciência...
Na sua essência, marcas temporárias, que, se vão!
Jose Alfredo