Meu grande mestre
Quando tua única mão tocou a minha
E me abençoou!
Percebi que não lhe faltava nada
Era um ser humano inteiro, íntegro.
Vi que a diferença, deficiência
Não alterava o caráter, a sensibilidade
Nem a beleza do olhar, da fala, do ser.
Era um membro do corpo a menos
Faria falta, mas não condicionava
A felicidade, a criatividade, o amor.
Quanto aprendi e aprendo contigo!!
Aprendi que limites físicos não significa ser menos,
Ser menor, inferior, digno de pena.
Nunca te entregastes a sentimentos mesquinhos.
Aprendi a enxergar o ser que há em ti
Não a deficiência física,
Ela não é uma característica da tua personalidade.
O que me une a ti, é a condição humana
De nos identificarmos enquanto ser em si
Membros do mesmo gênero, o humano.
O que me une a ti, é o afeto, a admiração
Por seu caráter, sua determinação,
E outros valores que não preciso citar.
Não fostes corrompido por valores mesquinhos
Da sociedade do ter,
Enfrentas o preconceito sem perder de vista
O que há de verdadeiramente humano em ti.