VAI BOI!
VAI BOI...
Cheiro de terra, de mato, de liberdade....
Do gado disperso sobre a relva orvalhada
Mugidos e assobios... Estalos dos chicotes
Vai boi!... Em cima do meu alazão esperto
Trisco na espora e ele arranca... Vai boi!
Parada para um aromático café, que exala
Da minha fé no dia ganho... Ao longe a senzala
Com ela a acenar-me com o pano de prato...
De fato, ela é a minha escora por ora!
Um rápido beijo, caneca à boca sorvo o café
E vai boi... O destino segue no estrondo da
Manada... De uma a outra fazenda, o boi vai!
E o alazão se contrai na triscada da espora
Até o raiar da aurora, a madrugada se foi
A boiada descansa dentro do curral... Vai boi!
Vida de peão... Que faz sua obrigação de coração!
Ele, e, seu alazão, companheirão na missão!
Água no cantil, cachaça no barril...
Churrasco no gril... Vai boi!
Segue adiante ao som do berrante!
Jose Alfredo