VAI BOI!

VAI BOI...

Cheiro de terra, de mato, de liberdade....

Do gado disperso sobre a relva orvalhada

Mugidos e assobios... Estalos dos chicotes

Vai boi!... Em cima do meu alazão esperto

Trisco na espora e ele arranca... Vai boi!

Parada para um aromático café, que exala

Da minha fé no dia ganho... Ao longe a senzala

Com ela a acenar-me com o pano de prato...

De fato, ela é a minha escora por ora!

Um rápido beijo, caneca à boca sorvo o café

E vai boi... O destino segue no estrondo da

Manada... De uma a outra fazenda, o boi vai!

E o alazão se contrai na triscada da espora

Até o raiar da aurora, a madrugada se foi

A boiada descansa dentro do curral... Vai boi!

Vida de peão... Que faz sua obrigação de coração!

Ele, e, seu alazão, companheirão na missão!

Água no cantil, cachaça no barril...

Churrasco no gril... Vai boi!

Segue adiante ao som do berrante!

Jose Alfredo

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 08/09/2020
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