LAMENTOS
LAMENTOS
Arrependida fica minha consciência, quando,
Saio dos trilhos retos de minha vida, e erro
Pelos atalhos sinuosos, e, tortuosos divagando,
E, pelo mal esperando!... Lamento o engano!
No dia começando, já acordo na maldade...
Peco pelos pensamentos nas veleidades!
O bem, e, o amor ausentes... O mal, e, o ódio
Preenchem seus lugares num jardim do ópio!
Lamentos tardios... No tempo, que, se esvai...
Lembranças saudosas, do que deixei de fazer!
À minha consciência pode parecer normal
A convivência diuturna com o mal!
Deixei de fazer obras de bem!
Ingressei também na ceara das infâmias...
Troquei o perdão, e, misericórdia de Deus
Pelo canto da sereia nos incautos pecados!
Hoje vivo apodrecido pelas lamúrias...
De lamentos cruentos mergulhei nas sombras
Da escravidão de luxuria, e, sensualidade!
Não sou filho da luz. Habito na imoralidade!
Nos lamentos resmungo o tempo perdido...
Pela verdade ofendido no orgulho virei entulho!
E, o tempo passou... Para trás deixou lembranças
Daquilo de bom, que, não fiz! Agora é só lamentar!
Jose ALFREDO