DIÁLOGO FLORIDO
DIÁLOGO DAS FLORES
A rosa, toda prosa,
Diz a flora viçosa,
Que, era a mais bela!
O cravo ofendido,
Deu-se por oferecido:
Oh rosa, sem eu,
Você já morreu!
Mas, a margarida
Também ofendida,
Respondeu comedida:
Meus amigos:
Sou a mais popular!
Ouvindo a petulância,
A hortencia muito sabida,
Buscou guarida
Gritando a todos,
Que, era a mais querida!
Mas, o jasmim
Nada satisfeito,
Achou-se o queridinho do jardim!
Porém, da sua empáfia,
Incomodou-se a acácia!
Respondendo só falácia!
Enquanto debaixo do sol,
Emendou o girassol:
Ninguém é mais dourado
Porque eu tenho o sol!
Quieto no seu canto,
Falou o crisântemo!
Sem muita ideia,
Chamou a azaléia,
E, sua amiga violeta,
E, deu-lhes uma chupeta!
Depois de tanta choradeira,
Veio a trepadeira,
A fim de parar a briga!
Então chegaram a tulipa,
E, o lírio, que, quis um colírio
Nos olhos de todos,
Pra enxergarem melhor
A questão das flores!
E na paz e sem dores,
Diz ser o absinto e
Seu amigo Jacinto,
Das flores, as mais amadas!
Porém havia uma nessa perfídia
Com o nome de orquídea,
Que, de tudo discordava...
Brigava até perder a tripa!
Seu nome é tulipa!
Nessa celeuma sem fim,
Um xerife acabou tudo!
Foi o chefe jardim.
Jose Alfredo