O VELHO MENDIGO
O VELHO MENDIGO
Roto e surrado! Pela vida censurado!
Exilado nas suas limitações...
Encurralado, e, sem opções...
Faz da rua sua moradia, infeliz!
Passa frio, e, fome... Nada consome!
Errante, e, sem saídas, somente portas
Batidas... Caras fechadas... Arredias!
O velho mendigo esmola para sobreviver!
Não sabe se hoje, ou, amanhã vai comer...
Se chover seu sofrer é sinistro!
Num canto de parede é seu quarto...
Na soleira de uma porta, sua mesa...
Sem defesa, sem documento, nem lenço,
O velho mendigo vegeta no dia a dia!
A cada dia um leão a vencer, e, se adoecer,
A morte vai esperar como fim da porfia!
Pobre, e, velho, sujo, e, roto, esfomeado,
Esquecido, e exaurido nas suas forças,
Só Deus lhe resta num fio de esperança!
A cada amanhecer a utópica bonança!
Jose Alfredo