COLHEITAS E TROVOADAS
COLHEITAS E TROVOADAS
Vasto é o plantio de tantos desvarios.
Terra lavrada no orgulho plena de entulho
Entre espinhos e pedras colheitas do mal
Em vida imoral não tem tempo bom!
Não há chuva na horta! A vara é torta...
Semeiam ventos e colhem trovoadas!
Jogadas ao relento sementes dementes
Não se misturam ao trigo, o joio!
São semelhantes, e confundem mentes...
Semeadores de tempestades, das potestades
Infernizam o planeta, e olham o bem de luneta!
Ervas daninhas nascem das iniquidades...
Canteiros do diabo são regados pelo fogo
De cujas colheitas vicejam nas trovoadas,
Labaredas a lambiscarem amaldiçoadas!
Plantas do mal crescem no caminho do bem...
Assemelharem-se ao trigo enganam como o joio
São colhidas para apodrecerem também!
O semeador do bem semeia trigo...
Do mal lança o engano com o joio!
Ao bem a oferenda do abrigo...
Jose Alfredo