LAVRAS
POEMA EM LAVRAS
E, assim nosso poema se faz.
Como sonoridade sutil e grave das palavras
Um lindo desenho no céu
Amoldurado às estrelas!
Com elas envolvê-las
Formando uma bela constelação
Aquecendo nosso espírito da solidão
Onde surgem pensamentos e teoremas!
Os versos e reversos se tornam compreensíveis
Deixando rastros,
Surgindo novos poemas.
É sobre a terra lavrada
De um sagrado alumbramento.
Guardamos rebanhos de versos
Para nas estações imprecisas
não cair no esquecimento,
E, no universo da imortalidade
Possamos resistir ao frio e ao vento
Deixando um legado cultural!
A todos, tudo o que fizemos
Para sempre ficará, e se tornará eternidade.
São perenes as letras rabiscadas
Que, no papel da vida deixam registros
De eternidade poética... Deslizando
Suas vivas tintas no lépido pincel
Como troféus na conquista intrépida
No séquito cortejo de poetas a clamarem
Por compreensão na sua solidão!
Somos pedreiros construtores na
Edificação da cultura literária...
Ainda que nos expressemos em metáforas
Nas repetições vocabulares em anáforas
Buscamos sempre reforçar os sentidos
Daquilo, que pensamos, e nos expressamos!
Versos e reversos é a dimensão dos
Mistérios, que se escondem da realidade
Subjetiva nas lentes objetivas do poeta!
Poetizar é lavrar uma terra árida
Prepará-la para o plantio e no feitio
Do semeador, esperar o tempo da colheita
Na estreita trilha do saber compreender!
Juraci Rosa e Jose Alfredo