INQUIETAÇÕES
INQUIETAÇÃO DO POETA
Poetar é sobretudo trazer inquietações...
Quero inquietar as máscaras de paz...
Apontar aquilo, que, ao bem apraz!
Apontar caminhos, obstruir atalhos,
Que, não levem à verdade, e, ao amor!
Inquietação com destemor pode trazer
Dor, e, dor de parto daquilo, que, ainda
Vai nascer... Até o alvorecer da vida!
Inquieto sou nas minhas divagações!
Irrequieto não me aquieto nos guetos...
Detesto as indiferenças orgulhosas...
Remexo entulhos do baú carcomido
Pelas mesmices da rotina embolorada,
Saturada de mesmas ideias, e, sem
Renovações! Chatices nas lides da vida!
Convida-me a pensar, e questionar erros,
Revolver desterros em mentiras travestidas
De verdades! Inquieto-me sem veleidades!
O poeta revela-se nas suas inquietudes...
Pensar, analisar, e, apontar são vicissitudes!
Jose Alfredo