LINGUAGEM DESARRUMADA

POETAR É DESARRUMAR A LINGUAGEM

Desarrumada linguagem aos pingos pinga intermitente

Afagos por linhas misteriosas acariciam candente coração

Rabiscos incertos de fundos desejos falam pincéis nervosos

Fervorosos anseios de versos em devaneios gotejam amores

Páginas em desordem ordenam intensas divagações...

Empilhados romances em prateleiras embutidos a espera

Para serem escolhidos como literatas estrofes no poema

Esquema do poeta juramentado em colcha de retalho!

Confusa linguagem do poeta emana por vezes insana!

Prosélitas e profanas são humanas palavras desarrumadas

Absortas, e, na redoma do coração, enraizadas...

Empíricas e desordenadas são coordenadas cruzando

Meridianos, que, navegam pelos mares revoltos

De agitadas ondas às mansas marolas da praia!

Poetar é bagunçar ideias em leves tensões

Em bambas cordas se equilibrar para amar!

Jose Alfredo

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 12/06/2020
Código do texto: T6975633
Classificação de conteúdo: seguro