VAZIO

VAZIO

Imensidão de nada preenche o vazio da alma

De solidão às mazelas do coração tudo em vão...

Ausentes no vácuo do nada, o não ser...

Não existir, não amar... Total abstração

Contra mão na mão natural da vida...

Que convida o “ser”, ao existir sem fingir

Pelo orgulho, que, tudo se é no entulho

Do vazio existencial de prova cabal!

Inerte espaço de coisa alguma

Inexiste a vida sem felicidade nenhuma!

Vazio de buraco negro a engolir

O amor que há de vir!

Nada de nada, e, para nada é o vazio!

Extravio de vida desafortunada!

Ausência absoluta do ser...

Sem o céu, e, sem o amor para se ver!

Abandonado em algum lugar do universo

O vazio na imensa escuridão de um verso!

Num bunker escuro, e sem vida vazio

Sem alma, sem ser, sem crer, sombrio...

Informe, desconforme, vazio enorme!

Sem direção, sem definição... Cruciforme!

Vazio de sentimentos, sem o provimento

Do amor e da paz segue seu isolamento!

De passos errantes, vacilantes, pendentes...

A cada passo uma mina iminente!

Jose Alfredo

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 28/05/2020
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