VAZIO
VAZIO
Imensidão de nada preenche o vazio da alma
De solidão às mazelas do coração tudo em vão...
Ausentes no vácuo do nada, o não ser...
Não existir, não amar... Total abstração
Contra mão na mão natural da vida...
Que convida o “ser”, ao existir sem fingir
Pelo orgulho, que, tudo se é no entulho
Do vazio existencial de prova cabal!
Inerte espaço de coisa alguma
Inexiste a vida sem felicidade nenhuma!
Vazio de buraco negro a engolir
O amor que há de vir!
Nada de nada, e, para nada é o vazio!
Extravio de vida desafortunada!
Ausência absoluta do ser...
Sem o céu, e, sem o amor para se ver!
Abandonado em algum lugar do universo
O vazio na imensa escuridão de um verso!
Num bunker escuro, e sem vida vazio
Sem alma, sem ser, sem crer, sombrio...
Informe, desconforme, vazio enorme!
Sem direção, sem definição... Cruciforme!
Vazio de sentimentos, sem o provimento
Do amor e da paz segue seu isolamento!
De passos errantes, vacilantes, pendentes...
A cada passo uma mina iminente!
Jose Alfredo