Mineirinha
Corguinho das paixões
Manso e cristalino, corre quieto,e, decidido...
Lá pelas barrancas de Minas o pequenino
Corguinho de águas límpidas, e, cristalinas
Levando no seu leito a paz, e, alegre corredeira
Na fogueira das paixões. Às suas margens
Mineirinhos selvagens batem varinhas
E, pescam amores ribeirinhos à sombra de
Frondosas, e, bondosas mangueiras, nas
Tardes fagueiras de caliente verão!
Corguinho mansinho de águas claras
No sopé do morrinho de Minas avisa
No seu chuá, que quer levar o barquinho
Pro casalzinho namorá, e se beijá!
Silencioso Corguinho, que corre devagarinho
Levando pra ribanceira a mulata faceira
Vestida de xita rendeira, e, trancinha no cabelo
Com seu parceiro mineirim de tanto pesadelo!
Corguinho de muitas lembranças, e, andanças...
Corredeira de histórias, e, historietas, de chuás
Dos grilos anoitados, e, luminosos pirilampos!
Noites quentes de suaves brisas às suas margens!
Nobre, e, humilde Corguinho de espertos peixinhos
A mordiscarem as iscas como beijinhos dos
Felizes namoradinhos das suas margens...
Corre feliz, e, impoluto pelas encostas resoluto!
Jose Alfredo