POEMA EM DUETO
POEMA A QUATRO MÃOS
Então mãos à obra, que, a poesia
Pede nossa sinergia! Uma só caneta
Rabisca duas Ideias, e, uma primazia!
Sincronia da beleza de uma violeta!
Aqui, tão longe meus dedos me fogem das mãos...
Contagiam as palavras, rabisco versos, e conversas.
As energias pairam, e soltam primazias controversas,
Acolhem poesia "Alfrediana", caída nas mãos co-irmãs!
Mãos, que louvam ao céu pelas graças...
Que, póstumas oram, e suplicam,
Quatro mãos, que, se cumprimentam,
Que, nas amizades acenam "Otavianas"!
Mãos desafiam o poema, prestes a nos dar glória. Duetas preces se elevam amigo! Agora mais sereno encontram cada palavra, que alonga entre-acenos Palavras fluídas em louvores feitos uma trajetória.
Entrelaçadas, e beijadas, acariciam o amor
Ainda, que na dor, na imposição da oração...
Deslizam suaves sobre a pele desnuda,
Doce empatia sensualmente astuta!
Ora, ora... As palavras acordam a libido. Na quente noite fazem acenos, nem tão amenos, pois no amor de jeito, amor, quando, bem feito, vira prece conjunta, bem feito! A noite alongou o tempo, cadências pontearam afoitas!
Alfredo: - "Diz-me silenciado, que, a poesia está grávida"!
Digo-te: - "As palavras gravitam no colo do poeta ambicioso. Avolumam corpo, grávidas pariram rebento auspicioso". Insertivas punções feitas a quatro mãos, poesia ávida!
Dois poetas debruçados sobre suas pranchetas.
Conluio de uma comunhão poética!
Num cérebro a dois poetas pensando juntos
Com as mesmas inspirações. Dois corações
Palpitam juntos na concepção de um poema!
Dois professores na resolução de um teorema!
Da vida posta em questões busca soluções!
Junção literária casam as letras nesse matrimônio...
Selam alianças de juras nas suas fianças...
À literatura dividem créditos desse patrimônio!
Dueto na harmonia das estrofes, e, sincronia
Nas reflexões de tantas idiossincrasias!
Sonetos que, refletem a música dos coretos!
Obsoleto seria o dueto, em, dois caminhos
Diferentes... Sem o elã de suas mentes!
À poesia o eterno dilema: Engravida
Dois poetas a um só parto! Um poeta
É farto... Os dois num “reparto”!
Otávio Zanella e Jose Alfredo