Morrer de velho?
*Elias Alves Aranha
Cuido-me e evito a mesmice,
Para morrer de velhice,
Previno-me do acidente ou da doença…
Sou amável, aprazível e jocundo,
Contestante da indiferença do mundo,
Onde o que se sente se pensa.
O velho, como a sociedade pensa,
Não tem reflexo, na ausência imensa.
Sua ausência é como areia movediça…
Onde se traça igual sentença,
Para o que é vencido e o que vença,
Quando se entrega à preguiça.
Sem entusiasmo ou recompensa,
Onde o amor equivale à ofensa,
Devo apegar-me ao Senhor Jesus…
Amargurado em estado de comovença,
Sinto na minha própria presença,
Num céu de insânia e sem luz.
Cuidei da minha juventude,
Preveni a minha saúde,
O acidente e a doença…
Cumpri a obrigação e a amizade,
Já não morro por idade,
Mas, SIM, de indiferença.
Nessa vida somos todos iguais,
Devemos aprender com os animais,
Amando todos os seus…
Com respeito e atenção,
De corpo, alma e coração,
Planejando e realizando com Deus.
Penso, onde errei à essa altura!
Fui autêntico, vivi com bravura,
Minha vida é uma verdadeira ATA…
Quero a todos abraçar,
Viver o AMOR, conciliar,
Pois a indiferença é coisa que MATA.