VEJO PESSOAS
Vejo pessoas simples.
caminhantes pelas ruas.
com suas vidas simples
como suas mentes nuas.
E no quinhão que carregam
Que um não sei quê, insinuam.
Mal sabem que estas vidas,
Não são totalmente suas.
Vejo seus carros,
suas vestes.
Seus símbolos
sem leste.
Vejo em contraste,
contornos,
cada um
com seu agreste.
Cada qual
com sua morte,
cada qual com sua peste.
Vejo pessoas brancas
Que fingindo se de negras,
Em negros portando revolta,
Contra Deus e tantas regras.
mas o que realmente vejo
São seres que não se integram.
Seres híper-racionais,
Caminhantes desolados.
Que carregam a desgraça
De serem superestimados.
Pois não passam de seres,
sem qualquer valor, dotados.