VEJO PESSOAS

Vejo pessoas simples.

caminhantes pelas ruas.

com suas vidas simples

como suas mentes nuas.

E no quinhão que carregam

Que um não sei quê, insinuam.

Mal sabem que estas vidas,

Não são totalmente suas.

Vejo seus carros,

suas vestes.

Seus símbolos

sem leste.

Vejo em contraste,

contornos,

cada um

com seu agreste.

Cada qual

com sua morte,

cada qual com sua peste.

Vejo pessoas brancas

Que fingindo se de negras,

Em negros portando revolta,

Contra Deus e tantas regras.

mas o que realmente vejo

São seres que não se integram.

Seres híper-racionais,

Caminhantes desolados.

Que carregam a desgraça

De serem superestimados.

Pois não passam de seres,

sem qualquer valor, dotados.

Antônio Daniel do Carmo (MENALCAS)
Enviado por Antônio Daniel do Carmo (MENALCAS) em 06/09/2019
Código do texto: T6738499
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