A Fome das Pedras
O que ainda é do sonho
traz no bojo um barco.
Há quem venha ao meu lugar,
se deite como mar
onde o peito mais me dói de lembranças,
onde se misturam gritos.
O que ainda é do sonho
traz no bojo um barco.
Há gaivotas que saem do cinzento
e pedem ao tempo mais azul.
É de espuma a fome das pedras.