O MAR

O mar lambe a morena

Suavemente

Quando de repente

Se transforma

E o que era um poema

Transborda

E o corpo estorna

Por uma onda

Bruscamente que tomba

Na mais árdua agonia

Não respeitando a folia

Do belo corpo escultural

Por bem ou por mal

Três vezes em sequência

Como adiverdindo a soberba

Do rei em seus domínios

Em marolas que tece

Para a volta da frequência

Calma e transparente

Como pedindo mais gente

Venham, estou à esperar

Entre, com calma, devagar

Vamos, como uma nau a navegar

Entre sonhos oceânicos

Sinta a suavidade do mar

Seu contexto quase cômico

O nosso corpo vai acalmar

O MAR

FRED COELHO 2018

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 25/06/2019
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