EI POESIA
Ei poesia, não te escondes
Estou a te ver
Do lado em pé
Nas curvas da bela mulher
No canto solitário
Do gasguito canário
No caminhar do otário
Bêbado errante
E se cair se levante
Que sei que estais aí
No vai e vem passante
No sabor do açaí
No novo amanhecer
No namoro ao anoitecer
Na vespertina caminhada
No pai do céu da coalhada
Lá pras bandas da serra
Na vida que começa
Na que também se encerra
Por isso diga logo, peça
Que o poeta de dar
Venha com muita força
Pode também vir devagar
Só se chegue
Não tropeça
A porta tá aberta
Podes entrar