Ele era regido pela água e era a do mar que o acalmava.
Ela era regida pela água, mas sempre mantinha a linha, não se afogava.
Ele era romântico, um coração, uma viola e uma estrada.
Ela era sentimento, flor da pele, evaporava.
Ele era a verdade, a sinceridade e a coragem.
Ela era a surpresa, a ausência de fôlego, a sobriedade.
Ele era da Lua.
Ela era de fases: Minguante, Crescente, Cheia e Nova.
Ele se dividia quando a família se desdobrava.
Ela já se desdobrou em família.
Ele muda, mas não deixa de ser muda, da terra onde partiu.
Ela muda, mas nunca fica muda.
Ele é um mistério, um olhar, uma ambição
Ela é uma bruxa, uma inspiração: ostra feliz não faz pérolas.
Ele é um casulo, se esconde, se reprime até que...
Ela é um furacão, por vezes uma névoa, noutras um vulcão.
Ele tem garra.
Ela tem garras.
Ele planeja e vai.
Ela vai e depois planeja.
Ele planta orquídeas e cuida.
Ela tem expectativa de cuidado.
Ele é sozinho, mas não solitário.
Ela é um poema, uma crônica, um ensaio.
Ele surgiu (on line).
Ela nem existiu (off line).
Ele apareceu.
Ela desapareceu.
Ele é a letra da música do Caetano.
Ela é a dança, eufórica, folclórica.
Ele era...
Ela foi...
E o vento levou as palavras.
Assim...
Ele toma um café Pernambucano.
Ela uma água de coco nas Ilhas Maldivas.
Ela disse adeus.
Ele abanou um lenço branco: hoje ela só quer paz!

Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 21/02/2019
Reeditado em 07/12/2021
Código do texto: T6580179
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