SOFRIMENTO DO VELHO CHICO
Vagando pelo mundo,
Sei que não vou só
Do leito do rio profundo
No rumo de Maceió
Velho Chico, em pinceladas
Do Chico renascestes em cores
Das tuas margens estampadas
Em círculos desenhadas.
Tuas rochas escondidas
Pelo riscar da vela no vento
Das entranhas escondidas nas margens
Dos barcos de tormentos
Vislumbrando as paissagens.
E o grito da carranca
Barrado pela barragem estampa
Teu sofrimento, seu choro
Em ritmos de agouros
Da batida do calado
O fundo do vapor estanca
E o remeiro parado
Da sereia que não mais canta.
SOFRIMENTO DO VELHO CHICO
FRED COELHO --2016