GERAÇÃO HODIERNA

“Aos poetas na diáspora da Arte”

Há quem se julgue que é poeta

Há quem poeta sempre se sinta

E há quem, de forma discreta,

Nenhuma das coisas consinta.

Ele há poetas da velha guarda

E há-os de geração hodierna

Há quem jamais lhe vista a farda

Mas tem sempre poesia à perna.

De poesia está o mundo cheio

Mas nem tudo será poesia

Pois qu´ os poetas de quilo e meio

São vezeiros na fantasia.

As palavras geram poemas

Mas nem todos fazem verso

Já que comportam tais dilemas

Que não cabem no universo.

Cada poeta é caminheiro

Que ciranda em sua diáspora

Revelando-se mensageiro

Vestido co´ a própria máscara…

Sempre novos os poetas velhos,

Talvez velhos os poetas novos

Por não aceitarem conselhos

Da egrégia cultura dos povos.

Andam pelo mundo, vencidos

Em busca da arte perdida,

Vão usando versos fingidos

Ao preço da poesia vendida…

Nas margens da terra e do mar,

Nos abismos da vossa mente,

Vós, ó poetas a delirar,

Criai poética eloquente.

Se andais errantes na procura

De um caminho que vos bendiga

Inspirai-vos, para vossa cura,

Na honesta poesia antiga.

Toda a palavra tem magia

E uma estrutura de paixão

Mas requer estro e harmonia

Num empenho de perfeição.

Rasguemos pois todas as brumas

Para não duvidarmos mais

E evitemos loucas espumas

P´ la leitura dos ancestrais.

O mais recto caminho da Arte

Em toda esta diáspora eterna

É neste debate tomarmos parte

Dando voz à geração hodierna!

Frassino Machado

In AS MINHAS ANDANÇAS

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 05/11/2018
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