AO NADA
Aspiro em livrar o vício de minha carne
Infelizmente,
Vivo regado no excesso de dopamina
Vivo a repugnância de Roquentin
Sou um ser, um genuíno ser
Aprisionado em um turbilhão de noções ambíguas
Sou um ser, apenas uma causalidade
Aprisionado em não poder te ter pela eternidade
O que florescerá se deter de tudo e não ser nada?
O meu eu é o próprio nada (tu és também)
Procuro-te, procuro te repelir de minha essência
Não é viável, sou talhado ao nada