QUEM SOU EU?
QUEM SOU EU?
Serei, Eu, a história mal contada de um dia dúbio, insólito...
Era uma vez?
Ou o enigmático das coisas que falam das coisas?
Serei o tempo de outrora, perdido no espaço,
vagando por aí...?
A ânsia do amor?
O desejo de viver um amor calmo,
maciço e permanente?
Serei, Eu, a flor serena que ornam canteiros dos belos jardins,
e perfumam caminhos por onde passam maltrapilhos e reis?
Ou o canto da sereia entorpecendo, inebriando, acalmando e dilacerando corações navegantes no meio de uma tempestade impetuosa?
Serei, Eu, a lágrima oriunda da saudade, dos amores escondidos e quase esquecidos?
O adeus dos acenos, anunciando a partida?
A poesia que encantam e decantam espíritos aflitos?
Serei, Eu, o lenitivo da dor do silêncio dos inocentes?
Afinal, quem sou EU?
Eu Sou a história mal contada de um dia dúbio, insólito... Era uma vez!
O enigmático das coisas!
A ânsia do amor de amar,
O desejo profundo do querer Estar, Ser, Pertencer!
Sou o tempo de outrora! Aliás, Sou atemporal...
Sou o afago das mãos que se entrelaçam,
Sou a saudade corrosiva de um tempo não vivido, e tão desejado...
Sou a flor que ornam os caminhos por onde caminham maltrapilhos e reis!
Sou filha da Luz, da penumbra!
Sou a tempestade,
A calmaria,
Sou a melodia,
Sou a 'oitava' nota musical!
Eu Sou a porta "por onde ENTRA e SAI o mundo"!
(Vanuza Vieira)