Limite
O que é preso na correnteza
Tem uma função impulsora,
Uma libertação em movimento
Não desprende
Incomoda feito um sol
Que alimenta queimando o vento.
O que é silêncio na estranheza
Engole os dias
Como um demônio balançando o berço,
Observando com o sossego
De um algoz sem pressa.
A luz do dia desaparecendo lenta
Enfiando o breu da noite goela abaixo,
Enforcando a alegria com o próprio fio da esperança.
O que é livre mas condicionado
Vai tropeçando ao encontro do abismo
Criando asas, mas que ironia
Se encolhendo com pavor do espaço.