CÉREBRO FAMINTO
Meu cérebro faminto
Vomita ideias aos monte
As quais tenho de falar
Filhas do instinto
Querendo que conte
Para todos repassar
Conto o que vejo
A vida, simples do povo
Seus desejos
Descrevo uma vez
Enfatizando de novo
Ou quem sabe talvez
Pela beira do aceiro
Reparo pela frente
O que se passa rasteiro
Do dia a dia do homem
Que o tempo consome
Sem ter tempo de lidar
Com as amarras do eu
Da cena tenho que pintar
Cada detalhe esquecido
Do que você não leu
Do amor mais querido
Das coisas que você perdeu.