Naldo: sem água nem chocolate
Na simples busca do querer amar, um desejo incontido de se apegar , um pai sempre ausente e quando presente agressivo no lar.
Aquela mulher fera que encontrei na favela, depois de uma festa, fotos e autográfos, sucesso, relógios, muito dinheiro a ganhar.
Deixei meu beizinho, busquei Moranguinho, queria amar, a fama é efemera, breve passageira poucos shows para me sustentar. Em casa virou guerra e onde era festa não faltava motivo para brigar.
Ainda pensei ser pai, ter um filho, dinheiro eu me viro e a mulher trabalhar.
No meu grande machismo eu fiquei tinindo seu instagram quero tomar se não pau vai quebrar. Maria da Penha que pena me deu de mim mesmo a achar que a pancadaria não vai parar quem manda em casa sou eu a chorar.
Mulher me denuncia e agora a justiça me vigia e a fama vai acabar. Em vídeo eu choro, remorso eu coro não posso parar. Glória a Deus, ele me converteu e eu só penso em amar.
Não tenho mais a ex, nem a atual, a Moranguinho não me quer mais, mendigo demais eu vou me tratar, não quero apanhar, nem quero apagar, a vida me deu aviso a se espertar.
Até outro dia era chocolate ou água de coco, cada vez te quero mais, hoje sem que sou capaz de seguir em paz, me salva meu "Pai".
A dor no meio peito me enche de medo, eu vou me calar e acreditar nas voltas que a vida dá.