Fugindo dos seus medos
Tantos planos
Tantos acertos
Tantos desenganos
Tantos apertos
Quem tem sede de mais
Também tem fome
Um passo pra frente e dois pra trás
Quando o orgulho nos consome
A palavra tenta fugir do papel
Enquanto presos aqui, pulam muros
Uns tentam alcançar o céu
A base de pontapés e murros
A cegueira se faz presente na escuridão
Quando um sorriso já não se vê
No meio dessa inútil rebelião
Quando já não há o que fazer
A rima é o revés da poesia concreta
Uma frase perdida ao léu
Sua criadora fica ali bem discreta
Montando em um cavalo fixo de um carrossel
Rodando sobre seu próprio eixo
Olhando seu mundo especial
Assim do seu jeito
Completamente natural