Da passagem do antes ao agora

Antes do verbo havia a questão,

antes, a própria ipseidade

Em torno do Ser, daquele com letra maiúscula

uma rodada minúscula, avulsa

Nos corredores, aos poucos, geralmente,

os aspectos do senso comum

Pensando sobre o âmago, os restos, na borda,

sobressaiam sem dizer adeus

No presente, esse que não é mais o mesmo,

o remanescente

No amanhã o exímio delírio, sem dúvida,

marcado no rosto

E, de volta pro agora, esse que demora pra passar,

o gozo, a subjetividade, a novidade,

sem mais nem menos, pedem para me experimentar

Yago Morais
Enviado por Yago Morais em 30/08/2017
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