TUMBEIROS
E entre as palavras da Amável Donzela,
Sempre, havia a Boa Intenção...
Transformando o Brinquedo de Meninos,
Em falsa Caridade,
Só o que sobrava era lágrimas no chão...
Mas em meio a dolorosa viagem,
Destino Feliz de brancos,
Início de martírio de negros...
Gritos de escárnios vinham do convés,
Preces chorosas vinham dos porões,
A quem devo rezar?
Jesus? Yoshua? Meu Allah...
Talvez a Graciosa Vingativa,
Possa na dor, me ensinar...
Na imensidão do amanhecer no mar,
Um marinheiro bêbado grita aos porões:
_Feliz Dias a Ti Pobrezinhos!
Que Allah faça desta embarcação meu túmulo,
Pois a Regeneradora, não virá nos salvar...