SOBRAS DO JANTAR
quem é essa menina, de dia estudiosa
transformada à noite em mulher, máquina gostosa
quem é esse ser errante
na porta desse motel
sobrevivente do mundo
travestida desse véu
que busca itinerante
os abismo mais profundo
olho para ela e vejo
o suplício, sujo e imundo
quem é esse ser tão angelical?
que nutre seu delgado corpo
com um entre e saí varginal
por esse caminho torto
desse pecado mortal
porque sobrou para ti
essa lado escuro da vida?
porque antes de parti
não curastes as feridas
que pouco a pouco restaram
deste começo da vida
essa carreira meteórica
pouco anos te restam
das sobras de corpo que prestam
para agradar a visão
e ao termino dessa retórica
teu reinado sucumbindo
do que dele restará?
um futuro sumindo
ou a sobra do jantar
do banquete dos famintos
que tive que suportar
das dores que sinto
por não poder te amar.