SOBRAS DO JANTAR

quem é essa menina, de dia estudiosa

transformada à noite em mulher, máquina gostosa

quem é esse ser errante

na porta desse motel

sobrevivente do mundo

travestida desse véu

que busca itinerante

os abismo mais profundo

olho para ela e vejo

o suplício, sujo e imundo

quem é esse ser tão angelical?

que nutre seu delgado corpo

com um entre e saí varginal

por esse caminho torto

desse pecado mortal

porque sobrou para ti

essa lado escuro da vida?

porque antes de parti

não curastes as feridas

que pouco a pouco restaram

deste começo da vida

essa carreira meteórica

pouco anos te restam

das sobras de corpo que prestam

para agradar a visão

e ao termino dessa retórica

teu reinado sucumbindo

do que dele restará?

um futuro sumindo

ou a sobra do jantar

do banquete dos famintos

que tive que suportar

das dores que sinto

por não poder te amar.

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 31/01/2017
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