O NEGRO
*Elias Alves Aranha
O trabalho do negro produziu a riqueza
Trouxe alimento para nossa mesa
Sem saber ler nem escrever, a maior parte...
Mesmo assim trouxe cultura, forma de expressão,
Hábitos, crenças e religião,
Técnicas de plantio, produção e arte.
A violência e rigidez do regime de escravidão,
Não permitiam acesso à educação,
O negro era oprimido e explorado...
Mas encontrou nas suas raízes a força para resistir
À dominação dos senhores nas fazendas daqui,
Sua cultura permaneceu viva, não pode ser negado.
13 de maio de 1888 Isabel assinou,
A Lei Áurea, que o libertou,
Para muitos, liberdade não mais aproveitada...
Após anos dominados,
Numa sociedade preconceituosa, lançados,
De forma desarticulada.
Sem dinheiro, sem casa, sem comida,
Sem nenhuma condição de vida,
Hoje, ainda é possível ver os reflexos...
Dessa história de desigualdade e exploração,
Indicadas, referentes à população,
Família, educação, trabalho e rendimento complexo.
Para retratar de forma resumida a situação social,
Brancos, pretos e pardos, revelam-se igual,
Em todas as dimensões e nível de qualidade...
Diminuíram as diferenças referentes à educação,
O analfabetismo e aumentou da escolarização,
Eficiência, rendimento do ensino e da escolaridade.
Compatíveis com as necessidades atuais
De exercício da cidadania, tudo iguais,
Publicada no Diário da União...
A decisão nacional
Emperra o contexto cultural
Dos racistas de berço e de tradição!
A princesa de bom coração
Aboliu a escravidão
Hoje o negro vira doutor...
Leva o bacana para o Tribunal
E vira manchete nacional
Expulsando até senador.
A Lei Áurea, oficialmente Lei Imperial n.º 3.353, sancionada em 13 de maio de 1888, foi o diploma legal que extinguiu a escravidão no Brasil. Foi precedida pela lei n.º 2.040 (Lei do Ventre Livre), de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e pela lei n.º 3.270 (Lei Saraiva-Cotegipe), de 28 de setembro de 1885, que regulava "a extinção gradual do elemento servil".