Síndrome de Drácula
na sala de estar
pálida
Fraulein me fita
lírica
ávido
miro seu pescoço
gótico
épica
a valquíria espreita-me
gélida
cético
duvido do seu acento
bávaro
etílico
antevejo uma noitada
homérica
na atmosfera lúgubre
a metamorfose lógica
)de súbito escondo os dentes(
lânguido
esboço um gesto
fálico
cai a madrugada
cálida
(bocejos)
caem os véus
de nossos corpos tépidos
no lúbrico leito
mãos sôfregas
tateiam um peito
flácido
línguas se enroscam
tácitas
lá fora
a manhã desponta
trágica