MAETRO & MÚSICO & POETA
Olhou com carinho para as próprias mãos!
Pôs uma sobre a outra com gesto suave
E viu as mãos enrugadas e pintadas pelo tempo.
Sua respiração era lenta, calma, ritmada,
No peito batia um coração bondoso.
Desconhecia a ambição, a avareza, a indelicadeza,
Pois via tudo e todos com olhar compassivo e apaixonado!
Era uma pessoa que se chamaria de “fina”
E também era sensível, inteligente,
Sem ser sagaz!
Quando direcionava uma orquestra
Ou interpretava Mozart ou Bethoven no piano
Seus olhos ficavam levemente fechados
E sua alma parecia se ausentar o tempo inteiro.
Pensava pouco, pois sua mente
Não se dispersava além das horas do relógio,
De absorver as sutilezas que a vida proporciona
Às pessoas de sua magnitude!
Haveria de ter algum defeito essa criatura?
Sim, era sonhador por demais.
Um excêntrico idealista,
Mas cuja rudeza da cruel realidade
Jamais o alcançaria devido seu distanciamento
Do espaço-tempo dos simples mortais.
Sua alma parecia viver nas alturas
Plagiando as coisas belas da natureza humana
Com intensa criatividade
Em belos sentimentos de que sua alma vivia repleta.
Resumindo essa criatura completa:
Ele era um Maestro, Músico e Poeta!