Talvez
Eu digo sim, e vivo o fim.
Eu digo o não, e vivo o chão.
Não digo sim, nem digo não e,
No talvez, vivo a opção.
Tudo é vazio, com vaguidão.
Possibilidades de criação.
Assim, seguindo a vida...
Sem sim, nem não e
No talvez vivo a opção.
Se no talvez vivo a opção
Assim, estou eu...
Sem permanência no coração e
A contingência é a única razão
De como criança, seguir vivendo
Para buscar equilibração (ou não!).
“Meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim”
(Caetano Veloso)